RECIFE/ PERNAMBUCO - Roteiro obrigatório de turistas nacionais e estrangeiros,
Olinda recebe diariamente centenas de visitantes, que sobem e descem suas
ladeiras íngremes e percorrem suas ruas estreitas em busca da natureza
exuberante e da arquitetura quatrocentista, que lhe assegurara o título de
Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco em 1982. ( Foto: Marisa B. Sierra).
A novidade é que hoje, além de seu passado de lutas libertárias, do casario colonial e da bela paisagem, Olinda oferece ao visitante uma rede de bons restaurantes, bares e hotéis e já começa a se firmar, inclusive, como novo pólo gastronômico da Região Metropolitana do Recife, atraindo tanto turistas quanto moradores das cidades circunvizinhas.
Basílica e mosteiro de São Bento
A criação do Mosteiro de São Bento e sua igreja anexa remonta ao tempo da colonização portuguesa no Brasil. A Ordem de São Bento chegou a Pernambuco em 1592, após convite do donatário da capitania, Jorge de Albuquerque Coelho. Em 1599, os beneditinos concluíram a construção do mosteiro, em Olinda. Durante a invasão holandesa, o mosteiro foi atingido por um grande incêndio e em 1640 foi reconstruído.
A Igreja e o Mosteiro de São Bento integram um importante complexo arquitetônico barroco em Olinda, sendo tombado nacionalmente. No ano de 1998, a Igreja do Mosteiro de São Bento foi elevada à dignidade de Basílica Menor, pelo então Papa João Paulo II, através da Carta Apostólica Spectabile quidem. Tamanha é a riqueza artística da capela-mor da igreja do convento, que em 2001, o altar foi totalmente desmontado e restaurado pela Fundação Joaquim Nabuco. No ano seguinte, o altar foi transportado para os Estados Unidos e ficou exposto no Museu Guggenheim de Nova Iorque. No centro do altar, encontram-se a imagem de São Bento, São Gregório Magno e Santa Escolástica (irmã gêmea de São Bento).
Lema
A Basílica tem como lema Ora et labora, unindo-se à Igreja
pela santificação do clero e do povo de Deus. Outra parte da missão da Basílica
é a educação beneditina e a evangelização catequética dos alunos, por meio ( Fonte: Arquidiocese Olinda e Recife).
Outro aspecto importante no perfil turístico de Olinda é a
vitalidade cultural que a cidade costuma mostrar. São inúmeros eventos
promovidos pela administração pública municipal ou por produtores culturais
independentes, criando na cidade um clima de festa que dura o ano inteiro.
Olinda tem uma incrível vocação para o lazer contemplativo. Seja do alto de suas colinas, ou das calçadas da orla marítima as paisagens que se descortinam fazem jus ao que cantou o poeta Carlos Pena Filho, em seu poema “Olinda”. Afirma Pena Filho:
“Olinda é só para os olhos,
não se apalpa, é só desejo.
Ninguém diz: é lá que eu moro.
Diz somente: é lá que eu vejo.”
Além disso, Olinda oferece ao visitante a oportunidade de
conhecer obras de artistas plásticos de renome internacional, como João Câmara,
Tereza Costa Rego, Guita Charifker e outros artesãos anônimos, espalhados nos
71 ateliês existentes na cidade.
Os artistas populares também têm seu lugar em Olinda. Componentes de centenas de agremiações carnavalescas, que compõem o outro lado da moeda olindense, que de profundamente religiosa transmuta-se, anualmente, na capital da maior festa pagã do mundo, o Carnaval.
Comentários
Postar um comentário