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As Copas do Mundo que eu “vi”



FORTALEZA/ CEARA - Das 20 edições da Copa do Mundo da FIFA, apenas não tomei conhecimento de duas. A  primeira, no Uruguai, em 1930, tinha apenas cinco anos. Na seguinte na Itália, em 1934, também ainda não dava bolas para futebol. Os divertimentos e brincadeiras eram outros, na rua Floriano Peixoto, a um quarteirão do Quartel da Polícia. De 1938 até hoje, porém, pelo rádio ou televisão, “vi” muitas Copas.


A primeira, então, já me deixou ansioso como ferrenho torcedor. Toda cidadezinha provincial que era Fortaleza viveu momentos de expectativa. Os jornais da terra, no dia dos jogos do Brasil, lá estavam com suas primeiras páginas estampando: Batatais; Domingos e Machado; Zezé, Martim e Afonsinho; Lopes, Romeu, Leônidas, Perácio e Patesco. Não me lembro quem tinha um rádio na zona, mas o fato é que todos da vizinhança se acotovelavam na casa do dono do Philco para “assistir” aos jogos. Vibrei com o “Diamante Negro”, vibrei com o gol de Perácio de 35 metros distante das traves.

Em 1950

Em 1950, trabalhando no jornal “O Povo”, passei a ser mais atento, pudera, pois trabalhava com o Antônio Tavares na feitura da página de esportes. A decepção foi enorme com aquele gol do uruguaio Ghiggia fazendo os 2x1 em cima do Brasil, calando os torcedores brasileiros que lotavam o Estádio do Maracanã, de resto deixando “de luto” todo o Brasil.

Oito anos depois veio a desforra: Beline levantou o Caneco na Suécia, a taça Julies Rimet, e surgiu o mito Pelé, com apenas 17 anos se consagrando como “Rei do Futebol”. O resumo da ópera é que, nervoso como sou quando os “meus” times jogam – o Brasil e o Fortaleza, “vi” quase todas as Copas do Mundo de Futebol. Uma festa e muito “mé”. Ao lado de amigos diletos, nas transmissões das pelejas em que o nosso selecionado participava. Várias foram marcantes, como a de 1962, com a primeira transmissão, em Fortaleza, já pela TV. Foi na casa do Ivanzinho, ao lado de amigos de fé como o Mundico, o Zé Sidrião e o Freitinhas, os três há muito fazendo festa no céu. O Ivanzinho, que também já se foi, era o prestimoso cozinheiro da turma, quando íamos para a chácara do comandante Chaves, em Guaramiranga.

Outra copa que nos marcou

Outra Copa que também nos marcou aconteceu em 1986. O ponto de encontro foi no “Passa Raiva”, um bar- restaurante do Nelson Fahena e do Hélio Rocha Lima, em agradável local na Piedade e onde os jornalistas e amigos se reuniam para bons “papos”.  Não obstante a seleção do Brasil ter um dos melhores quadros de todos os tempos, com Zico, Socrates e companhia, incompreensivelmente perdemos para a França. 

“Minhas” Copas do Mundo

 Assim  aconteceram até hoje as “minhas” Copas do Mundo. Muitas vitórias, muitas decepcionantes derrotas, como aquele de quatro anos atrás, de 7 x 0 para a Alemanha, com um Mineirão repleto de torcedores brasileiros.

Nesta que está acontecendo na Rússia não obstante o embaraçoso empate do primeiro jogo ainda confiamos na nossa seleção que é de primeira qualidade.

Quanto à próxima Copa de 2022, não sei se ainda estarei por aqui, pois sou um autêntico “pé na cova”.

Fonte: Jornal ROTA DO SOL - Diretor/Editor:
Jornalista José Carlos de Araújo (Rg.149-1-37-52 DRT-CE)
Fone: (85) 3244-4847 – e-mail : j.carlos.araujo@bol.com.br  
Fortaleza – Ceará - BRASIL

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