No Brasil, as primeiras comemorações foram realizadas em
Salvador-Bahia, quando as Baianas com suas roupas típicas entregaram “ Fitas do Bom Fim “ aos turistas no
Aeroporto Internacional quando embarcavam nos voos que seguiam para a Europa.
No Rio Grande do Sul, a primeira comemoração foi uma iniciativa de Santa Maria, em 1984, que
apresentou também a primeira cartilha de Conscientização Turística, texto de
minha autoria e os desenhos do Byrata, amplamente distribuídas, com apoio da
imprensa local. Em 1984, as comemorações incluíram o “ Concerto para 200
milhões de anos “ realizado em Mata, Cidade da Pedra que foi Madeira e lançada
a campanha para transformar o Jardim Paleobotânico, com suas árvores petrificadas
de 200 milhões de anos em Patrimônio
Natural da Humanidade.
Detalhe
Um detalhe: 34 anos após houve o Tombamento pelo IPHAE, em junho de
2018. Ainda na década de 80, foram
realizadas comemorações pelos vários cursos de Bacharelados em Turismo,
principalmente na PUCRS-Porto Alegre e
na UNIFRA Santa Maria. Geralmente, a iniciativa privada e o mundo
acadêmico utilizam a data festiva para
valorizar o fenômeno com seus vários segmentos e sistema que envolve Países,
Estados, Municípios, com suas entidades e empresas. Infelizmente, o setor
público, com raras exceções, não entende e não compreende o real significado do
“ Dia Mundial do Turismo“, principalmente porque a maioria de profissionais que
exerce cargos políticos no setor
público, fazendo as diversas gestões nos
Órgãos Oficiais de Turismo, não possui
formações acadêmicas para compreender a importância do fenômeno.
Será?
São nuvens passageiras que
gostam de viajar e pouco contribuem para o desenvolvimento do setor. A maioria
exerce cargos e funções decorrentes das trocas de favores e/ou compromissos
políticos. Além disso, existem profissionais
que trabalham no sistema produtivo inconformados com os abordagens
eleitoreiras repetitivas e sem resultados, refazendo os mesmos planos e
projetos, sem recursos financeiros para execuções. Muitas promessas e poucos
resultados. Além disso, os baixos
salários e a realidade do mercado estão acabando com os cursos universitários.
Convém salientar, que é lamentável que o Turismo seja tratado como Política de
Governo eleito. Sempre querem inventar algo que já foi planejado e organizado
criticando as realizações dos governos anteriores. O ideal é o tratamento
profissional como uma Política de País, Estado, Município e não com equívocos
sequenciais destruindo as esperanças de milhares de Turismólogos e
profissionais que estão preparados para ocuparem cargos e funções devido aos
estudos, pesquisas e acompanhamentos dos exemplos no mundo.
Mas, sejamos otimistas. Sempre.
Ainda bem que os empreendedores e empresários integrantes do sistema
produtivo, com o apoio indispensável da mídia que valoriza as boas notícias,
cumprem seus papéis incentivando o Turismo como gerador de emprego e renda,
além de melhorar a auto-estima da população local do núcleo receptor. Parabéns
aos profissionais do setor que cumprem suas funções recebendo e enviando
pessoas, gerando boas experiências e
contribuindo na busca da felicidade.
Acorda Brasil, porque o mundo já acordou para o Turismo. Menos
política, mais trabalho profissional para ajudar na eliminação da crise
econômica. Será possível? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São
reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.
ESCREVE: Professor da PUCRS, diretor da
Rede Plaza de Hotéis.
abdon@plazahoteis.com.br
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