
SÃO PAULO/ SP - BRASIL - Placas, pinos, implantes, parafusos... Esses dispositivos ortopédicos são utilizados no tratamento de fraturas, correção de deformidades ou em próteses que substituem as articulações. Fabricados com materiais como titânio, aço inoxidável e, em alguns casos, outras ligas metálicas como a de cromo- cobalto, esses dispositivos são desenvolvidos para se integrar ao organismo de forma segura. Diante disso, uma das preocupações comuns entre pacientes que se enquadram nessa situação é a possibilidade de esses itens acionarem detectores de metais em aeroportos, gerando constrangimentos ou atrasos durante viagens. O presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico,
Robinson Esteves, explica que os materiais utilizados em
implantes ortopédicos têm baixa suscetibilidade magnética, o
que reduz a chance de detecção pelos sensores. “Tudo depende
do material da placa ou do pino, de sua localização, peso e
tamanho, se são implantes de fixação interna ou externa, além
da sensibilidade dos aparelhos de detecção de metais”,
esclarece. Dispositivos utilizados para fixação interna, como pinos e
placas ortopédicas, geralmente não são detectados pelos
sensores de metais em condições normais. Estes implantes estão
localizados profundamente sob a pele, gordura e músculos, o que
pode reduzir a chance de gerarem o sinal necessário para ativar
os detectores. O risco de detecção aumenta quando a pessoa possui implantes
feitos de ligas metálicas em regiões mais superficiais ou de
maior extensão, como no quadril ou joelho. Nessas situações,
os dispositivos estão mais próximos da superfície da pele, o
que intensifica o sinal emitido. Próteses de cerâmica
associadas a componentes metálicos, como parafusos, também
podem ser detectadas em função desses elementos. Outro fator importante é que os detectores de metais variam
em sensibilidade, ajustada de acordo com o nível de segurança
de cada aeroporto. Em locais com padrões internacionais mais
rigorosos, é mais possível que dispositivos metálicos sejam
identificados. “Para evitar transtornos durante viagens de avião, recomenda-se informar antecipadamente sobre a presença de implantes ortopédicos. Caso o dispositivo seja detectado, podem ocorrer inspeções adicionais. Assim, é sempre aconselhável que os pacientes carreguem consigo um relatório ou um certificado médico comprovando a presença de implantes, o que facilita a abordagem da segurança e reduz possíveis inconvenientes”, orienta o ortopedista especialista em trauma ortopédico. Sobre a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico
(TRAUMA) A Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (ABTO), fundada em 25 de setembro de 1997, é uma associação científica de âmbito nacional sem fins lucrativos, constituída por médicos interessados nos estudos das afecções ortopédicas-traumáticas do sistema locomotor. Congrega médicos que se interessam pelo trauma ortopédico e suas sequelas, aperfeiçoar e difundir conhecimentos e a prática da traumatologia ortopédica. Crédito da foto: Divulgação/Freepik Uma das preocupações comuns entre pacientes com implantes ortopédicos é a possibilidade de esses itens acionarem detectores de metais em aeroportos, gerando constrangimentos ou atrasos durante viagens Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de
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