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Souvenirs do Natal Luz destacam artesãs de Gramado

 


GRAMADO/ RIO GRANDE DO SUL - Comprar um Papai Noel, uma bailarina, um biscoito de gengibre, uma manta ou um boneco de neve em pelúcia como lembrança do Natal Luz de Gramado significa, mais do que levar um souvenir, valorizar o trabalho de artesãs locais. 

Todos os bonecos e as mantas comercializadas durante os espetáculos Nativitaten e O Grande Desfile de Natal – e nos pontos oficiais de vendas – são feitos manualmente por trabalhadoras do artesanato gramadense. 

As mãos e os corações por trás dos bonecos


A mente criativa e as mãos habilidosas que encantam turistas e moradores com seu trabalho pertencem à gramadense Jane Francieli Corrêa. Ela tem 34 anos e dedica quase metade desse tempo ao artesanato, que produz durante todo o ano em um ateliê em Gramado, espaço que divide com a mãe e sócia, Maria Medianeira Corrêa, 59, artesã há 25 anos. O ofício e o talento foram transmitidos de mãe para filha. Elas contam com a ajuda de uma costureira para garantir as entregas. 

Com o ritmo intenso de produção, Jane confessa que ainda não conseguiu contabilizar todas as peças fabricadas, mas explica um pouco do fluxo no ateliê. Em um dia, conseguem fazer, do início ao fim, 70 “bolachas”, como chamam o biscoito de gengibre. Já o Papai Noel, um boneco mais elaborado, pode chegar, no máximo, a 25 unidades diárias. 

A artesã, que se define como ‘gramadense-raiz’, idealiza os bonecos, desenha, faz os protótipos para, só depois, colocar “na rua” os personagens que fazem os olhos de adultos e crianças brilharem. 

Amor pelo que se faz

Enquanto conta sua trajetória, a profissional deixa evidente o gosto pelo que faz, afirmando que ela e a mãe são apaixonadas pelo trabalho, que vai muito além do seu sustento. “Saber que já tem muito boneco da gente Brasil afora é um prazer imenso, é amor mesmo, eu acho que essa é a melhor parte”, compartilha. E garante: “Eu acho que não existe pagamento mais caloroso, mais satisfatório do que alegria nos olhos das crianças, de verem o boneco, de ficarem faceiros, realizados; o maior pagamento que a gente recebe é esse, com certeza”.

Mantas para manter o público aquecido


Enquanto os bonecos aquecem a alma dos visitantes, as também famosas mantas do Natal Luz aquecem o público durante os espetáculos nas noites quase sempre frias na Serra. As cobertinhas, confeccionadas em soft nas cores branca, vermelha ou preta, são vendidas antes dos shows e nos dois pontos oficiais de venda a 70 reais. E, assim como no caso dos bonecos, há muita dedicação e trabalho artesanal. Quem produz os itens, há dois anos, é a gramadense Tássia Berti de Oliveira, 38 anos, dos quais 11 são dedicados ao artesanato em tecido e em resina. É ela quem faz também os ímãs de geladeira e os chaveiros do Natal Luz.

Tássia conta que toca sozinha seu ateliê, cortando e costurando as peças. Até o momento, já entregou cerca de mil mantas e garante que, além de ser uma honra trabalhar no evento natalino, as vendas nessa época do ano são importante fonte de renda. “O Natal Luz é uma fonte de renda bem importante aqui do meu ateliê, essa época do ano é muito esperada por mim, na verdade por toda a nossa cidade”, compartilha. E completa dizendo que vê um sonho ser realizado: “Produzir para o Natal Luz é a certeza de que meu sonho e minha dedicação deram certo. Quando era criança sonhava em ter um ateliê, hoje me vejo produzindo as peças para o evento e pensando ‘eu consegui’. É incrível saber que muitas pessoas compram produtos feitos por mim e olhar a logomarca do Natal Luz em cada manta que eu costuro e preenche meu coração.”.

Damas da Solidariedade

Jane e Tássia não produzem suas peças para o Natal Luz por acaso. Felipe Cogo, diretor da Gramado Store, explica que ambas se destacaram em um projeto executado pelo gabinete da Primeira Dama, chamado “Damas da Solidariedade”, que qualificou várias mulheres em diversas áreas do artesanato. Ele ressalta a competência das profissionais, a qualidade das entregas e o cuidado com os detalhes, para que cada pessoa possa levar uma lembrança genuína de Gramado.  “Temos um chaveiro na loja, feito de resina, dentro do qual é colocada uma pétala desidratada de hortênsias”, exemplifica ele, ao falar da flor-símbolo da Serra.

Fotos: Divulgação

Fonte: 
Pauta Conexão e Conteúdo
pauta@pautaassessoria.com.br




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