Em visita à Serra da Piedade com grupo de 15 mães residentes
na capital, a cozinheira Renata Alves Soares Filomeno, moradora do Bairro
Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte, diz que, independentemente do
número de pessoas, o topo da montanha sempre inspira a fé. Natural de Caeté,
ela conta que o pai dela foi voluntário durante décadas no santuário. “Cresci
aqui e gosto muito. Sinto-me em casa, é um lugar especial na minha vida”,
afirma Renata, que faz parte do grupo Mães que oram pelos filhos na Paróquia
Santa Clara de Assis, em BH.
Restrições
Há uma série de restrições ao consumo de bebidas alcoólicas,
preparação de churrasco ou uso de fogareiro, presença de animal doméstico
dentro da reserva, assim como a escalar ou subir nas pedras, caçar ou
aprisionar animais, causar danos à vegetação, retirar mudas, sair das trilhas
ou abrir novos caminhos. O santuário obedece a normas também do Instituto
Estadual de Florestas (IEF) e das prefeituras de Caeté e Sabará. É proibido
ainda escutar música em alto volume, acampar e pernoitar em carros, andar de
bicicleta nas trilhas (por causa da fragilidade do solo), praticar esportes
radicais e levar refeições para lanche ou piquenique. Neste período de
reabertura gradual, o santuário mantém à venda comida no restaurante. A loja de
artesanato ficará fechada, a exemplo da lanchonete.
Recomendações
No Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade há variação
de temperatura devido à altitude (1.746 metros). Portanto, o visitante deve
levar agasalho e usar sapatos confortáveis para aproveitar o passeio. A taxa de
visitação é R$ 10 por pessoa (isenção para crianças menores de 7 anos), com o
pagamento no restaurante do santuário (Espaço Dom João Resende Costa).
São João Del Rei entre suas atrações estão as badaladas dos
sinos
Com celebrações populares, igrejas e construções históricas,
São João del Rei na região de Campo das Vertentes, é a maior cidade
setecentista de Minas Gerais. A arquitetura colonial e barroca é um dos
principais atrativos do município, onde residem hoje cerca de 90 mil
habitantes.
A ocupação do local começou no fim do século XVII, com
bandeirantes paulistas que passavam pela região, às margens do Rio das Mortes,
com intenção de alcançar outros territórios do interior da Colônia. A
descoberta de ouro nas imediações atraiu mineradores e aventureiros, que
passaram a viver no Arraial de Rio das Mortes, como era chamado até então.
Em 1713, o arraial foi oficializado como vila, com o nome de
São João del Rey, em homenagem ao rei dom João V, de Portugal. No Morro da
Forca, onde eram executados os condenados por crimes, os paulistas ergueram a
primeira igreja da localidade, a Catedral Basílica Nossa Senhora do Pilar,
finalizada em 1721. No interior da construção, há altares entalhados, grades de
jacarandá e objetos de prata.
Merecem destaque também as igrejas do Rosário, de São
Gonçalo, Nossa Senhora do Carmo e São Francisco de Assis – esta última
projetada pelo mestre do barroco, Aleijadinho, guarda também o túmulo do
ex-presidente da República, Tancredo Neves, nascido na região.
Tombamento federal
O acervo arquitetônico e paisagístico de São João del-Rei é
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Quem visita a
cidade pode conhecer igrejas, capelas, pontes, chafariz, casas e imóveis históricos,
como o Museu Regional. Nele estão expostas peças que faziam parte do cotidiano
dos moradores do município entre os séculos XVIII e XIX. É possível ver móveis,
utensílios, pinturas, imagens religiosas, além de instrumentos de trabalho,
como balanças de pesar ouro, rocas, teares e arados.
Passeios
A cidade também é conhecida por oferecer um passeio de maria
fumaça até o município vizinho, Tiradentes. No Museu Ferroviário, os visitantes
podem observar balanças, relógios, telefones e ferramentas, além da primeira
locomotiva utilizada na Estrada de Ferro Oeste de Minas, em 1881.
No centro histórico de São João del-Rei, outra atração é a
Rua Santo Antônio, chamada pelos habitantes de “Rua das Casas Tortas”, por ser
um dos primeiros núcleos de povoamento da cidade. Estreita e cheia de curvas, a
via abriga a Capela de Santo Antônio e a sede de duas orquestras bicentenárias:
a Lira Sanjoanense (1776) e a Ribeiro Bastos (1790).
Oratórios
O município tem ainda cinco oratórios de pedra e madeira
espalhados pelo Centro, chamados de Passinhos da Paixão de Cristo. Na Quaresma
e na Semana Santa, os espaços recebem fiéis em procissão, que rezam enquanto
percorrem o trajeto da Via Sacra.
Além das atrações históricas, São João del-Rei se destaca
pelas cachoeiras, como as do Urubu, da Pedreira e dos Três Poços. A Serra do
Lenheiro, formação rochosa de quartzito onde é possível ver pinturas rupestres,
é uma opção para quem procura passeios em contato com a natureza.
Toque dos sinos
Conhecida nacionalmente pelo toque dos sinos das igrejas, a
cidade é referência para outros municípios mineiros que também mantêm esse
costume. Por meio das badaladas é possível saber informações sobre missas,
procissões e outras solenidades. O rito também é empregado em celebrações como
Natal, Semana Santa, casamentos, batizados, festas de santos. Nas ocasiões
fúnebres, há como saber, pelo som, até mesmo se a pessoa que morreu era homem
ou mulher.
O hábito vem do período colonial, quando o toque dos sinos
era utilizado para informar os moradores sobre acontecimentos no município,
sobretudo os religiosos. A prática, comum em São João del-Rei e em outras oito
cidades mineiras, é considerada patrimônio imaterial pelo Iphan desde 2009.
FESTURIS foi a
primeira feira de turismo presencial no país
Os diretores da Rossi e Zorzanello, Marta Rossi e Eduardo
Zorzanello no Festuris 2020
A 32ª edição do FESTURIS Gramado encerrou na noite de sexta-feira
(7) marcando a retomada das feiras de turismo presenciais na América Latina.
Foram dois dias de reencontros e muita produtividade nos
negócios. Ao todo foram 6.000 reuniões agendadas pelos mais de 5.000 mil
inscritos através do aplicativo do evento. A segurança sanitária também foi
validada com protocolos rígidos e a certificação ‘Covid Free’ do IBES
International.
Com a sua realização mesmo durante uma pandemia, o FESTURIS
mostrou que com responsabilidade é possível retomar as atividades do setor de
eventos e do turismo. Apesar da redução do número de participantes e
expositores – natural diante do fechamento de fronteiras e a retomada lenta de
muitos segmentos – o feedback dado por quem passou pela feira foi de otimismo e
negócios gerados após meses de muita dificuldade.
Resultados
Conforme resultados apresentados na coletiva de imprensa,
além do número de inscritos e reuniões agendadas o FESTURIS teve 130 estandes e
mais de 1.500 marcas em exposição, distribuídas pelos 25 mil m² de área dos pavilhões.
Mas os números gerais da feira não são mais importantes do que a postura das
marcas e destinos que apostaram no evento acreditando que o FESTURIS seria o
palco da recuperação.
“Esse desafio de todos nós se tornou uma realidade.
Recomeçar é a palavra de ordem e colocamos muito disso à parceria de
expositores, participantes e da imprensa que fizeram do FESTURIS o palco para
esse momento histórico. Nós derrubamos muros, criamos oportunidades e mesmo
diante da pandemia apresentamos um evento de qualidade”, destacou o CEO do
FESTURIS, Eduardo Zorzanello.
Fundadora e também CEO do evento, Marta Rossi destacou a
importância do evento para toda a cadeia produtiva.“Tivemos quase 500
profissionais de diversos segmentos e ramos de atuação trabalhando no staff da
feira. A maioria deles sem eventos desde o início da pandemia. Era hora de
retomar. Muitos não acreditavam que chegaríamos até aqui, mas agora somos
referência para os próximos eventos”, acrescentou.
Legado
Como legado desta edição histórica que marcou a primeira
feira de turismo das Américas desde o início da pandemia, os CEOs do FESTURIS
destacaram a transformação digital com ferramentas para aumentar a
produtividade e a entrega de ativos aos expositores e agentes de viagens que
passou a acontecer pré e pós-evento. Além, é claro, da experiência na
realização de eventos seguros. A próxima edição do FESTURIS Gramado acontecerá
em novembro de 2021, em data ainda a ser confirmada.
Coluna Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63
informações sergio51moreira@bol.com.br
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