FORTALEZA/CEARÁ - BRASIL - No desfile
deste ano no Rio de Janeiro, a Escola de Samba Paraíso do Tuiuti terá como
enredo o Bode Ioiô, ente marcante no primeiro quarto do século passado de uma
Fortaleza provinciana e alegre, em que fatos pequenos mexiam com a vida dos
ainda pouco habitantes. O animal marcou época num saudoso tempo e fora trazido
do interior para fugir de calamidade marcada pela seca em 1915.
Era Ioiô, em referência a um brinquedo de meninos,
porque todo dia fazia o trajeto de ida e volta da Praia de Iracema, local onde
se estabelecia o seu dono (José de Magalhães Porto) até a Praça do Ferreira.
Tal era o seu “prestígio” que, em 1922, chegou a ser eleito vereador da
Capital, um voto de protesto da comunidade contra a administração pública.
Depois de sua morte, foi empalhado e doado ao Museu da cidade, no ano de 1931.
A lembrança, pois, do Bode Ioiô nos remete a um passado de Fortaleza
menina-moça, época em que a cidade se evidenciou pela alegria descontraída e
escrachada do seu povo, que chegou até a vaiar o “céu” após o aparecimento do
sol em época de chuvas.
Tipos
populares
Tipos populares não faltaram para o
divertimento da “canalha”. Não cheguei a conhecer os coitados Tostão, Micaela e
Chica Pinote, Mimosa e Tertuliano, Capitão Pirarucu, Jararaca e a Garapa que,
pelas suas esquisitices, eram alvo dos moleques.
Da Garapa, a estória de que ela, “furiosa”, se voltava
contra os seus insultantes. Um gritava ÁGUA, outro, AÇUCAR. E a Garapa,
'armada” de pedra ou cacete, dizia: “MISTURA, FI DUMA PUTA, MISTURA”. Tenho
vaga lembrança da Siri, outra coitada desajustada mentalmente que era alvo dos
impiedosos ataques da estudantada e moleques. “Siri, cadê a pata maior”. Ela
respondia ao seu jeito ofendendo a mãe de quem partira a imprecação.
Participei, quando aluno do Liceu do Ceará, das molecagens contra o motorneiro
de bondes Mamãe Dorme Só.
Também foram do meu bom tempo de adolescente tipos
como o Burra Preta e o Zé Tatá. Mas não só os coitados eram tipos populares da
nossa Fortaleza. Médicos, advogados, professores e intelectuais vários
frequentadores do famoso Banco da Praça do Ferreira, eram parte do cotidiano da
população. Lá, todas tardes da semana se
reuniam para conversas várias e também falar da vida alheia. Sabia-se até que
os que embora eram “cortados” pelos que ficavam. No final da reunião, o penúltimo
levava “banana” do que ficava por último... E as presepadas do Quintino Cunha?
Era uma cidade ingênua e gostosa a Fortaleza pequena de outros tempos...
Selo de
qualidade 2019
Do SEBRAE/CE recebemos a informação de
que está iniciado o ciclo do Selo de Qualidade 2019. O Selo de Qualidade em
Serviços é um processo educativo onde, durante o ano, consultores
especializados e credenciados ao SEBRAE realizam visitas técnicas na empresa
participante para avaliar itens referente a boas práticas da cozinha,
atendimento e hospedagem.
Além dessas orientações, cada empresa tem direito a
capacitar dois colaboradores como auditor interno da qualidade, de forma a
manter a excelência nos produtos e serviços da empresa. A empresa que for
agraciada, participará da solenidade de entrega ao final do ano, com todo
suporte da assessoria de comunicação para divulgar os ganhadores.
Inscrições
prorrogadas
Para oportunizar a participação de novos
municípios e pesquisadores da área de saneamento básico, a comissão
organizadora do 49º Congresso Nacional de Saneamento da ASSEMAE, que ocorrerá
de 06 a 10 de maio próximo, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá (MT),
decidiu prorrogar as inscrições de trabalhos técnicos.
Agora, os
autores devem enviar o resumo expandido até o dia 28 de fevereiro,
exclusivamente pelo link disponível no site do evento.
Este ano, a apresentação de trabalhos técnicos está
com novo formato. Foram criadas três categorias diferentes para organizar o
recebimento e a premiação dos artigos. A categoria Serviços de Saneamento é
voltada aos operadores dos sistemas de saneamento e associados da ASSEMAE. A
Institucional está direcionada às agências de regulação, repartições federais
ou estaduais e organizações não governamentais. Já a categoria Instituição de
Ensino se destina às universidades, escolas ou centros de pesquisa.
FONTE:
Jornalista José Carlos de Araújo
(Rg.149-1-37-52 DRT-CE)
Fone: (85) 3244-4847 – e-mail :
j.carlos.araujo@bol.com.br
FORTALEZA – CEARÁ - BRASIL
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