No dia 11 de março
de 2018, em homenagem aos 377 anos da vitória missioneira na Batalha de
M’Bororé – “Maior Batalha Naval da América” (1641), estará vindo ao antigo
local do embate a imagem de Nossa Senhora de Assunção Acaraguá e M’Bororé,
possivelmente a mais antiga imagem em utilização religiosa do período
Jesuítico-Guarani. Responsável por muitos milagres é a marca religiosa da
integração do MERCOSUL.
A partir das 8h30, no domingo dia 11, no município
brasileiro de Porto Vera Cruz estará passando o rio Uruguai a Imagem histórica
que atualmente está no município da Redução Jesuítica de LA CRUZ, Corrientes –
Argentina. Foi levada para lá quando a Redução se transferiu em 1657.
Re-Irmanamento
O re-irmanamento do Povo Missioneiro dos dois lados do rio
Uruguai será um marco importantíssimo na retomada das ações de união, agora com
vistas religiosas, culturais e turísticas. Muito importante também é descoberta
de que o povo da região da grande Santa Rosa é Missioneira, pois disto há muito
não se falava mais. Acompanhará o evento a Bandeira da Nação Missioneira que
une os povos missioneiros dos três países (Brasil, Argentina e Paraguai),
criada em 2012, momento da criação da integração.
Há 377 anos, no dia 11, as forças jesuítico-guarani se
prepararam de forma concreta e decisiva para a batalha que estava prevista.
Desde 1629 os Bandeirantes atacavam as Missões em busca de mão de obra escrava
para suas lavouras de São Paulo e Rio de Janeiro. Durante este período os
paulistas foram responsáveis pelo deslocamento de 30 reduções, 18 delas no Rio
Grande do Sul, e pela morte de mais de 600.000 nativos na América.
O evento demonstrará a presença do sangue nativo nas aldeias
guaranis, também no povo de toda a região, descendentes miscigenados e que
formam a base da genética missioneira tri-nacional.
Sobre o que ocorreu em 1639 – Os jesuítas, cansados de serem
atacados pelos Bandeirantes, 4.200 da Nação Guarani, mais os Jesuítas,
prepararam-se para embater. Pe. Montoya foi a Madri e conseguiu a autorização
para uso de armas de fogo: Conseguiu comprar 300 fuzis e um canhão. Em 11 de
março 1641 cerca de 6800 pessoas das forças Bandeirantes, entre mamelucos e
tupis atacaram as reduções.
A BATALHA DE M’BORORÉ foi a primeira batalha naval da
América e localizou-se no rio Uruguai entre o arroio Acaraguá (AR) e
especialmente no território onde hoje está o município de Porto Vera Cruz
(Brasil) e o município de Panambi (Argentina).
A força jesuítica-guarani receberam instrução militar dos
Irmãos, ex-militares: João Cardenas, Antônio Bernal e Domingos de Torres. As
operações foram dirigidas pelo Padre Romero. As forças defensoras estavam
dirigidas pelos Padres Cristovão Altamirano, Pedro Mola, João de Porras, José
Domenech, Miguel Gomez e Domingo Suarez.
O Capitão General foi Nicolau Nenguirú (cacique da redução
de Concepción) auxíliado pelos capitães Inácio Abiarú, (cacique da redução de
Nossa Senhora de Assunção do Acaraguá); Francisco Mbayroba (Cacique de São
Nicolau), e o Cacique Arazay de San Javier.
A batalha ocorreu dentro do rio Uruguai por 5 dias seguidos
e depois os ataques continuaram por terra. Os cerca de 250 sobreviventes das
forças Bandeirantes chegaram a São Paulo somente dois anos depois. A vitória
dos missioneiros foi tão importante que as força Bandeirante jamais retornaram
a atacar as reduções, mudando sua política expansionista para a busca das minas
de ouro e diamante nas Minas Gerais e no oeste brasileiro, o que demonstra a
importância do fato histórica para a formação do que chamamos de Brasil na
atualidade.
FONTE: José Roberto de Oliveira
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